Dos sete quiosques da Praia de Camburi, apenas dois estão funcionando.
Dos sete quiosques da Praia de Camburi, em Vitória, apenas dois estão funcionando. A estrutura foi reformada em 2010 por R$ 1,2 milhão cada quiosque, mas agora está abandonada. Empresários não aguentaram pagar altas taxas de concessão e os locais foram tomados por usuários de drogas e moradores de rua.
A Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV), responsável pelo controle dos quiosques da capital, disse que vai consultar a população sobre qual a destinação das sete unidades.
A Prefeitura de Vitória abriu licitação para contratar uma empresa que faz pesquisa de opinião para executar a consulta. A expectativa é de que em julho saia o resultado, se não houver questionamentos.
Hoje, só é permitido utilizar os quiosques como bares ou restaurantes. e obrigatoriamente, pela Lei Orgânica do Município (LOM), tem que ser alguma atividade financeira.
O presidente da CDV, José Vicente Pimentel, disse que o custo dos quiosques é alto e por isso o pagamento é difícil em um momento de crise.
“Numa crise econômica, a gente começa cortando os gastos com lazer, por isso vemos restaurantes e bares fechado, quiosques também. Aqui é terreno de Marinha, pertence à União. Quem administra isso aqui é a SPU (Superintendência do Patrimônio da União), ou seja, a prefeitura tem que se entender com a SPU”, disse.
Em janeiro de 2010, a prefeitura e SPU assinaram um contrato de concessão dos sete então novos quiosques para o município. Alugados ou não, a SPU exigia um valor mensal de cada unidade. Em valores atuais, são cobrados R$ 76 mil por mês pelos sete quiosques ou R$ 11 mil por cada.
Para custear isso, a prefeitura faz licitação para administrar cada quiosque. Aquela que faz a melhor oferta ganha. Só que quem já ganhou a licitação desses quiosques sabe o desafio que é administrá-los.
“Isso é economicamente inviável. Em cima desse valor, a prefeitura ainda tem que o custo de limpeza e policiamento”, disse José Vicente.