Previsão é pavimentar 58 quadras
em ruas de terra com verba-extra
Bruno Mestrinelli
Agência BOM DIA
A prefeitura finalmente conseguiu vender o terreno de 1.375 metros quadrados localizado na quadra seis da rua Henrique Savi, ao lado da sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O empresário João Carlos de Almeida, o João Bidu, pagará R$ 1,6 milhão para ficar com a área. O prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) considera que o dinheiro é suficiente para asfaltar 58 quadras.
“Vamos fazer mais licitações. A ideia é contratar pavimentação”, observa o chefe do Executivo.
Rodrigo diz que já conseguiu contratar 800 quadras de asfalto novo e que, com aditivos com as atuais empresas executoras do serviço, deve chegar a mil. Porém, ainda é pouco para conseguir acabar com as vias de terra na cidade.
“Eu tenho três mil quadras para asfaltar em Bauru”, lembra Rodrigo.
Segundo a prefeitura, além do comprador, outra empresa apareceu interessada no lote. Porém, o empresário bauruense apresentou proposta melhor e ganhou a licitação. O preço inicial pedido pela prefeitura era de R$ 1,53 milhão.
Novo dono estuda destinação
Novo dono da área situada em local nobre de Bauru, João Bidu afirmou ainda não ter planos para o terreno. Ressaltou apenas que é um investimento de sua empresa. Ele é dono da Editora Alto Astral, que edita diversas revistas publicadas em todo o país.
“Ainda vamos ver o que vai sair. Pode não ser um empreendimento nosso, é um investimento”, diz.
O prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) se disse surpreso pela participação de João Bidu no certame, mas comemorou a venda. “O Tuga tentou, eu tentei antes e não deu. Agora conseguimos”, diz.
O Executivo tentava vender esse terreno desde a áepoca do ex-prefeito Tuga Angerami (sem partido), mas nunca obteve sucesso. Outras licitações foram realizadas nos últimos três anos, mas nenhuma empresa quis participar das disputas.
Apesar do desinteresse, Rodrigo manteve a ideia de vender a área por conta de sua localização e valorização. Com a venda do lote, que tem fundo na avenida Nações Unidas, a prefeitura fica apenas com terrenos menores para vender e conseguir colocar dinheiro no Fundo de Pavimentação, criado durante a última administração de Tuga.