
Previsto para ser licitado em 2014, o projeto de captação de água na barragem Santana, em Itabira, ainda está na fase da papelada. De acordo com o prefeito Damon Lázaro de Sena, o processo continua em poder da Superintendência da Caixa Econômica Federal, em Governador Valadares. Assim que for liberado lá, Damon afirmou que vai licitar a obras em partes.
Questionado sobre o motivo da fragmentação, o engenheiro Jorge Borges, servidor de carreira do Saae que acompanha o projeto desde o início, respondeu que o propósito é cortar custos. Segundo ele, os materiais, que custam em torno de R$ 11 milhões, serão comprados por meio de pregão da própria Prefeitura. Só depois será feita a licitação para contratar a empresa responsável pelas obras, no valor de mais uns R$ 6 milhões.
O engenheiro afirmou que, caso o município fizesse uma licitação só e a empresa contratada fosse responsável por comprar todos os materiais, a obra ficaria cerca de R$ 2 milhões mais cara. O aumento do custo tem a ver com a chamada Bonificação e Despesa Indireta (BDI). Os materiais representam a parcela mais custosa do projeto, segundo Jorge, porque inclui mais de 7 km de tubulação de 400 milímetros, itens para a reforma da Estação de Tratamento de Água Gatos e do reservatório no Alto dos Pinheiros, entre outros.
Captação não será na barragem
Apesar de ter ficado conhecido como projeto da barragem Santana, a água não será captada na represa. Após reuniões, os técnicos do Saae decidiram fazer a captação na comunidade de Girau, acima do nível da barragem, onde a qualidade da água também é melhor.
Serão retirados do riacho 100 litros por segundo, quantidade cedida pela Vale para fortalecer o sistema de distribuição do Saae. Com a mudança no ponto de captação, haverá uma redução de 3,5 km de tubos, bem como economia com desapropriações, já que o Saae possui uma tubulação antiga no local que leva água para a ETA Gatos quando necessário. Os recursos para a obra provém de um financiamento contratado pela Prefeitura junto ao Governo Federal, por intermédio da Caixa.
Rios de Peixe e Tanque
Itabira trabalha ainda com os projetos rio de Peixe e rio Tanque. A ETA Rio de Peixe entrou em funcionamento a base de gerador durante o racionamento decretado este ano. A obra aguarda apenas a ligação da energia elétrica para ser inaugurada. O projeto do rio Tanque, por outro lado, ainda está na fase de projeto. A previsão que a obra custe pelo menos R$ 50 milhões.