A Polícia Federal descobriu emails e documentos apreendidos das empreiteiras as estratégias usadas para fraudar as licitações para serem feitas as obras do PAC em Cuiabá e Várzea Grande. A PF não informa se os e-mails foram trocados entre os empreiteiros ou deles com servidores públicos. 11 foram presos na Operação Pacenas.
O Diário de Cuiabá informa que o nome do autor do “manual” para fraudar o PAC não é revelado mas consta como prova cabal no inquérito que deve ser concluído, nos próximos dias, e enviados para a Justiça Federal. O delegado responsável pelo inquérito, Márcio Carvalho, destaca que o e-mail é o que mais chama a atenção entre as provas periciais reunidas até agora. “Não sabíamos que o esquema era tão ramificado. Esse documento, esse e-mail, continha todas as regras e passos. Um verdadeiro manual que ensinava como fraudar as licitações do PAC.
Agora, essas novas provas só confirmam aquilo que já sabíamos. É como se tudo tivesse sido amarrado no inquérito”, ressalta o delegado.
Além das mensagens eletrônicas sobre as fraudes, a PF tem um farto volume de detalhes das conversas telefônicas, que foram grampeadas, entre os empreiteiros combinando como disputariam a licitação, tirando e ameaçando concorrentes e fazendo acordos.
A Justiça Federal prendeu, em 10 de agosto, os empresários Anildo Lima Barros, Marcelo Avalone, Carlos Avalone Júnior, Jorge Pires de Miranda, Luiz Carlos Richter Fernandes e José Alexandre Schutze, além do então procurador-geral de Cuiabá, José Antônio Rosa, e os servidores Ana Virgínia de Carvalho, Milton Nascimento Pereira, Jaqueline Favetti e Adilson Moreira da Silva, membros das comissões de licitação de Cuiabá e Várzea Grande. Eles ficaram cerca de uma semana presos.
De acordo com a PF, a previsão é que toda a análise pericial seja concluída até sexta-feira (16).