CAROLINA FARIAS
Para se adequar aos novos tempos e atrair consumidores, o Mercado Municipal de São Paulo –mais conhecido como Mercadão– passou por uma grande reforma há três anos. Foi restaurado e ganhou restaurantes, bares, sala de eventos e espaços funcionais. Nos próximos anos, pode ganhar um estacionamento subterrâneo.
Os restaurantes vieram graças à construção de um mezanino de 2.000 metros quadrados. Do local é possível ter uma visão geral do mercadão e seus boxes, além de ser uma área privilegiada para observar os famosos vitrais que retratavam como eram os meios de produção agrícola e pecuária no final dos anos 20 no Estado.
Após a reforma, o mercadão viu seu público se diversificar. Além dos comerciantes de hortifrutigranjeiros e famílias, que procuram pelos produtos de madrugada ou logo pela manhã, o mercado também recebe quem quer almoçar ou tomar um chope.
Segundo o secretário de Abastecimento –setor responsável pelo mercado–, José Roberto Graziano, nas terças e quartas-feiras ao menos 15 mil pessoas circulam pelo local. De quarta a quinta-feira o público é de 17 mil. Nas sextas são 20 mil pessoas que passam pelo mercado e aos sábados o público varia entre 25 mil a 30 mil pessoas. No domingo o volume de visitantes cai para 17 mil pessoas.
“Em todos esses dias, principalmente durante a semana, o movimento maior é durante o horário de almoço”, disse Graziano.
Para melhor receber os consumidores do Mercadão, a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) desenvolveu um projeto para a construção de um estacionamento subterrâneo –na rua da Cantareira– para 500 vagas.
De acordo com Graziano, o projeto passa por análise do Tribunal de Contas do Município e da Secretaria das Subprefeituras. Segundo ele, a contratação seria nos moldes das PPPs (Parceria Público-Privada). Deve entrar em licitação até o final deste ano.
Atualmente, o estacionamento do Mercado tem capacidade para abrigar 200 veículos e já está saturado.
“Falta um estacionamento bom. Com a reforma o movimento melhorou, mas sem lugar para estacionar esse movimento pode cair”, disse Andonios Kambilis, 33, proprietário de um empório no Mercadão.