A exemplo do que ocorre com a compra dos caças, o governo federal pretende utilizar, como critério de escolha da empresa que desenvolverá o trem de alta velocidade que interligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, a transferência tecnológica.
“Sem dúvida nenhuma a transferência de tecnologia é um aspecto considerado relevante pelo governo nesse processo licitatório”, explicou hoje (30) à Agência Brasil o secretário executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos após participar do Seminário Ferroviário, realizado na Câmara dos Deputados.
“O que vamos fazer é estabelecer um conjunto de requisitos e de exigência no que diz respeito a esse ponto. Quem atender está dentro. Quem não atender está fora. Sem dúvidas esse projeto resultará na absorção de tecnologia de ponta para as indústrias brasileiras”, acrescentou.
Segundo o secretário, o governo já concluiu todos os estudos de demandas, de engenharia de traçado, além dos estudos operacionais e os relacionados aos custos do investimento, modelagem econômica e financeira do projeto. “No momento estamos finalizando a minuta do edital e do contrato”, informou Passos.
“Queremos em dezembro deste ano colocar a licitação na rua de tal forma que no primeiro trimestre de 2010 saibamos quem é o vencedor”, completou o secretário do Ministério dos Transportes. .
O trajeto percorrerá, ao todo, 510 quilômetros. Destes, 90,9 quilômetros serão em túnel (18%), 107,8 em pontes (21%) e 312,1 (61%) em superfícies. O custo previsto para a obra é de R$ 34,626 bilhões.
“O governo trabalhamos com um horizonte de cinco anos para que o projeto seja executado e concluído, mas é óbvio que cada licitante tem a sua avaliação,seus estudos e seu plano de ataque das obras. Por isso, evidentemente vamos aguardar o que eles vão apresentar”, informou Passos.