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Enquanto não se resolve para onde vai o lixo de Curitiba e região depois de novembro, que é a data-limite para operação do aterro da Caximba, outro problema foi levado a público ontem pela deputada estadual Rosane Ferreira (PV), na Assembleia Legislativa do Paraná.
Segundo reclamações de moradores da divisa entre Curitiba e Araucária, que são vizinhos da empresa Essencis Soluções Ambientais S/A, o mau cheiro que exala do local está mais forte que o normal nos últimos tempos, além de observarem uma grande quantidade de urubus, roedores e insetos.
“Há indícios de irregularidades e suspeitamos que a empresa esteja recebendo matéria orgânica, o excedente da Caximba”, cogita a deputada, que informou ainda que a licença ambiental concedida para a Essencis é somente para destinação de resíduos industriais.
A Estação de Tratamento de Água do Passaúna fica em frente à empresa Essencis, também acusada de não fazer o recobrimento periódico dos resíduos com uma camada de argila, que é obrigatória.
A preocupação com o que está sendo depositado no local vem em um momento no qual a região tem tido problemas com grandes geradores de resíduos sólidos, que devem dar a destinação adequada ao lixo.
“Muitos dos grandes geradores da região metropolitana vêm dando o seu jeito de resolver o problema, e muitas vezes não é o melhor jeito tecnicamente aplicável”, ressalta Rosane.
Para averiguar a situação da Essencis, Rosane protocolou um requerimento pedindo um posicionamento da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) sobre a questão.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Sema informou que vai aguardar receber o requerimento oficialmente para se manifestar sobre as denúncias. A reportagem de O Estado não conseguiu contato com a empresa até o fechamento desta edição.