Do JC Online Com informações da TV Jornal e do Jornal do Commercio
Os impactos ambientais do Projeto Via Mangue foram bastante discutidos durante a audiência pública realizada pela Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), na manhã desta quarta-feira (30), no Geraldão, bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife.
Dentre os que se colocaram contra a obra, está o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que acredita nos prejuízos ecológicos da via, e pediu para que um novo encontro seja realizado. Grupos de defesa do meio ambiente também protestaram contra o projeto. Moradores e comerciantes dos bairros de Boa Vigem, do Pina e da Imbiribeira também estiveram presentes.
A CPRH informou que vai monitorar todos os indicativos para que os impactos ocorram de forma moderada. A audiência foi realizada por ser uma das exigências para que a licença ambiental da obra seja liberada. Assista ao vídeo baixo sobre a audiência.
Por conta do projeto, ao todo 936 famílias, que moram em condições precárias nas proximidades do mangue, serão reassentadas em três conjuntos habitacionais que serão construídos. O primeiro deles poderá ser entregue já em janeiro do ano que vem.
O presidente da Empresa de Urbanização do Recife (URB), Jorge Carrero ponderou que a retirada das famílias e a rede de saneamento que será implantada funcionarão como um cinturão de proteção do Parque dos Manguezais. “Quando reassentarmos as famílias que hoje jogam seus dejetos no mangue diminuiremos a poluição. Lançamos o edital da licitação para construção de 30 mil metros de rede coletora entre Boa Viagem e Imbiribeira, para 45 mil pessoas. É uma ação que também preservará o mangue”, explicou o presidente da URB. O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do projeto está disponível, para consulta, no site da CPRH.
A Via Mangue terá 4,5 quilômetros de extensão, indo do bairro do Pina até Boa Viagem, começando da Ponte Paulo Guerra até a Rua Antônio Falcão. O objetivo da obra é desafogar o trânsito na Zona Sul do Recife.